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Cristiano Coelho

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Possui graduação, Mestrado e Doutorado em Psicologia pela Universidade de Brasília. É professor Adjunto I da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, terapeuta comportamental, professor colaborador do MBA em Economia Comportamental da ESPM e membro da gestão 2019-2020 da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental (ABPMC). Atualmente é Coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia da PUC-Goiás (Mestrado e Doutorado).

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Relacionamentos: dificuldades e possibilidades

Cristiano Coelho 
 

CRP: 09/3084

Cá estou com um primeiro texto para a Coluna dos Mestres do Nosso site... Como sempre me ouvem falar de igualação, desconto, etc,  resolvi começar com um texto mais voltado para público não especializado, sem nosso “behaviorês”, mas claro que as noções de escolha estão por trás.

Nessa nossa atualidade, temos a impressão de que cada vez mais as relações e os relacionamentos vêm e vão e as pessoas muitas vezes apenas passam por eles. Essa sensação fica mais clara quando vemos que no dia a dia a velocidade das informações tem levado as pessoas a quererem o que está disponível ou acontecendo agora... O que foi ontem já se foi!

As pessoas têm se frustrado com as pequenas dificuldades e essa frustração se depara com a aversão da espera. Voltando aos relacionamentos, é importante enfatizar que eles envolvem possibilidades e dificuldades.

As possibilidades são construídas pelos dois no olhar, no agrado, no suspiro pelo contato com o companheiro, nas conversas e na intimidade.

As dificuldades vão aparecendo em pequenas adversidades cotidianas e que não são decorrentes da própria relação, nem dos sentimentos que um tem pelo outro, mas que podem balançar e quebrar a relação, como problemas financeiros, a opinião de outras pessoas, dificuldades dos parceiros no trabalho... É necessário que os dois se foquem no fato de que as dificuldades que aparecem são externas e que repercutem sobre os dois, sobre o relacionamento; o que implica que ambos se direcionem para juntos resolverem as dificuldades.

Trabalhar o relacionamento nas possibilidades tem benefícios imediatos e, mais importante, tem benefícios de longo-prazo. Além disso, construir essas possibilidades envolve um equilíbrio entre interesses individuais e interesses para a relação. E nesse ponto duas pessoas com histórias individuais podem aproveitar suas formas diferentes de fazer as coisas para construírem juntos novas possibilidades.

Claro que é fundamental entendermos que a construção da relação, tal como tratado aqui implica em termos duas pessoas que se colocam em um mesmo patamar, com cada vendo o outro como parte importante do relacionamento.

Deixar que uma relação se perca por causa das dificuldades cotidianas é permitir que os prejuízos imediatos se sobreponham às possiblidades e impeçam que elas continuem a ser construídas. Essa construção envolve os dois darem as mãos para segurarem o balanço para que o relacionamento não se quebre em decorrência de adversidades paralelas, consolidando relacionamentos duradouros.

Assim, poderemos viver muitos 'hojes' e ter muitos 'ontens' significativos para nos lembrarmos...

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